Prefeitura detalha ações de combate ao mosquito da dengue
Entre as medidas transmitida pelo prefeito Barbosa Neto, está a criação da sala de situação, da força tarefa e a contratação de 80 agentes de endemias, além da utilização da Guarda Municipal
Após ter decretado ontem estado de emergência, o prefeito Barbosa Neto anunciou hoje (1°), em coletiva realizada em seu gabinete, uma série de medidas de combate à dengue. Com 144 casos da doença confirmados até o momento na cidade de Londrina, essas ações serão implantadas para evitar uma epidemia e a proliferação do mosquito Aedes Aegytpi, transmissor da dengue.
O prefeito Barbosa Neto lembrou a seriedade da questão da dengue na cidade. “A saúde não pode esperar. Nós tínhamos que ter adotado essas medidas, pois o risco de uma epidemia não é algo distante.” O prefeito destacou, também, que, a partir do decreto de estado de emergência, foi assegurada, aos agentes de endemia, a realização de suas vistorias. “Pedimos e contamos com a colaboração da população, mas, com o decreto, nós poderemos adentrar em todos os estabelecimentos e isso irá facilitar o trabalho. Com o decreto, também, é possível, por exemplo, fazer compra de soro fisiológico, materiais e utensílios, para a operacionalização de consultas clinicas”, explicou.
O prefeito ainda pediu a colaboração da população, para que seja evitada uma epidemia de dengue. “Com essas ações, nós vamos debelar a proliferação do mosquito Aedes Aegytpi na cidade e mobilizar a sociedade. Sem a mobilização das pessoas, não é possível reverter esse quadro” disse.
A secretária municipal de Saúde, Ana Olympia Veloso Marcondes Dornellas, explicou que o plano emergencial de combate à dengue é realizado por uma equipe técnica em parceria com outras secretarias e, inclusive, com outros órgãos na instância estadual. Ana Olympia afirmou que o plano foi necessário, uma vez que Londrina apresentou um quadro de ocorrência de dengue maior do que o previsto para esta época do ano. “A dengue tem ocorrência sazonal já esperada, que é influenciada pelo alto índice de chuva e temperaturas elevadas. Ainda assim, nós temos um montante de casos bastante grande, além do esperado nesta época, dentro do município”, destacou.
A secretária de Saúde explicou, ainda, que, entre as medidas adotadas, iniciou-se, no último sábado (29), uma ação intensiva com a aplicação do fumacê nas áreas de maior risco potencial. “Esses fumacês são divididos em cinco ciclos, um ciclo a cada cinco dias. O primeiro ciclo já foi concluído em 100% nas regiões de risco potencial”, disse.
Outra medida é a criação da sala de situação, que irá funcionar no 2° andar do prédio da Prefeitura. “Estamos instalando uma sala de situação, para monitorar 24 horas os casos de dengue no município”, afirmou a secretária.
Ana Olympia explicou que Londrina foi dividida em cinco regiões geográficas com a intenção de tornar mais rápido o atendimento dos pacientes com suspeita de dengue. “Para isso, estabeleceu-se uma rede de assistência e um fluxo de encaminhamento que seja validado no município, para que os encaminhamentos sejam feitos, corretamente, de acordo com a gravidade do caso apresentado”, detalhou.
As cinco regionais referidas pela secretária são: centro, norte, sul, leste e oeste; ficando estabelecido, o centro, como unidade de referência ao atendimento da dengue, o PAM; na região leste, a Unidade Marabá; na sul, a União da Vitória; no norte, Maria Cecília e, na Oeste, a unidade do Jardim Leonor. “Essas unidades dariam o primeiro atendimento, conforme o estadiamento da dengue e, se for necessário, o fluxo indica para o encaminhamento de unidades secundárias e, se anda for observado alguma complicação, para unidades terciárias, de acordo com o protocolo da dengue”, explicou Ana. A secretária afirmou que foram feitas adequações nessas unidades, para que se tornassem referência no atendimento aos casos de dengue. “Foram feitas adequações funcionais. Estamos centralizando alguns profissionais em determinadas unidades, para que a gente possa ter uma agilidade no atendimento”, afirmou.
Outra medida foi a criação de uma força tarefa, iniciada nesta tarde, para a prevenção, detecção e eliminação dos focos de dengue nas áreas urbanas e, especificamente, na área rural de Lerroville, que é o grande ponto de risco, em conjunto com os agentes comunitários de saúde. “São mais de 300 agentes comunitários de saúde, que estão junto com os agentes de endemias nesta tarefa”, disse. Foram contratados ainda, em parceria com o Estado, 80 agentes de endemias, em caráter de contratação emergencial, e por tempo determinado, para complementar a equipe.
O laboratório municipal Centrolab passará a funcionar durante 24 horas, agilizando os diagnósticos, tanto dos suspeitos, quanto do controle e estadiamento da dengue. Também, foi anunciada a ampliação do funcionamento da Unidade do Marabá. “A zona leste hoje é a região de maior risco, o maior número de casos estão localizados nessa região. O horário da Unidade Marabá será estendido, assim, das 7h às 23h, de segunda a sexta, e sábado das 8h às 18h.”
A secretária de Saúde finalizou, afirmando que essas medidas são cruciais, para que uma possível epidemia seja evitada. “Acreditamos que sejam esforços indispensáveis para combater o risco de epidemia”, afirmou Ana Olympia.




