Vigilância Sanitária fez notificações em clínicas plásticas
Funcionários orientaram cirurgiões que utilizaram, em seus pacientes, próteses mamárias da empresa francesa PIP
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, praticou ontem e hoje (4) ações em clínicas da cidade, para notificar os procedimentos a serem adotados pelos cirurgiões plásticos que utilizaram, em seus pacientes, próteses mamárias fabricadas pela empresa francesa Poly Implants Protheses (PIP). As próteses estão proibidas desde 2010, quando a empresa foi fechada, devido ao aumento da taxa de ruptura dos implantes.
Londrina segue orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que publicou, no Diário Oficial da União de segunda-feira (2), o cancelamento do registro das próteses da PIP. Segundo o coordenador de produtos e serviços da Vigilância Sanitária de Londrina, Rogério Lampe, a Anvisa detectou, por rastreamento, que aproximadamente 500 próteses foram utilizadas por cirurgiões de sete clínicas médicas londrinenses.
Rogério ainda informou que os cirurgiões foram orientados a encaminhar relatório, em um prazo de 15 dias, informando a situação atual de cada paciente, tanto em queixa técnica como em reações adversas relacionadas à prótese. “Além das clínicas, estamos orientando, também, para que as pacientes que colocaram próteses PIP, procurem seus médicos. O certo é que façam uma avaliação e acompanhamento mais adequado, em caso de dúvidas”, aconselhou o coordenador.
O coordenador lembrou que todas as pacientes, submetidas ao implante de próteses, têm certificado com o nome do produto. Além das notificações aos cirurgiões, os agentes da Vigilância ainda inspecionaram se havia unidades do produto em estoque nas clínicas. “Não encontramos nenhum. Este é um produto que dificilmente se estoca”, finalizou.