Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica realiza primeira reunião do ano
Encontro foi realizado no auditório da Caapsml e reuniu diversas autoridades e integrantes dos serviços de prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres de Londrina
Na manhã da última sexta-feira (10), as integrantes da Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual contra as Mulheres realizaram a primeira reunião integrada do ano de 2023. A atividade foi conduzida no auditório da Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina (Caapsml), localizado na Rua Anísio Rigioli, no Centro Cívico.
Durante o encontro, foram debatidos diversos assuntos, incluindo os 12 anos de atuação da rede municipal, que está estruturada pelo Decreto Municipal nº 996, de 12 de agosto de 2019; os resultados da pesquisa de avaliação das atividades da rede; o planejamento das atividades para este ano; o papel da rede na efetivação do Plano Municipal de Políticas para as Mulheres 2023-2026; a transversalidade de gênero nas políticas para as mulheres; direitos sexuais e reprodutivos; feminicídio; as leis de proteção às mulheres e a saúde mental; e a atenção psicossocial para as mulheres em situação de violência.
A secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy Fernandes, lembrou que a coordenação da rede é de competência da Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM). A SMPM tem o papel de articular as instituições e os serviços que compõem a rede, envolvendo as áreas da saúde, assistência social, educação, segurança pública, justiça e a garantia de direitos. “Todas as ações da Rede estão baseadas na cooperação e na troca de experiências e conhecimentos entre as diferentes entidades e órgãos que a compõem, por isso não há divisões hierárquicas na tomada de decisões. É um trabalho estabelecido de maneira independente e dinâmica, cuja intenção é superar o problema da desarticulação dos serviços e da fragmentação das ações, de forma a criar um atendimento integral e humanizado às mulheres”, frisou Fernandes.
Conforme a professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), doutora e mestre em Serviço Social, Sandra Lourenço Andrade Fortuna, esse tipo de organização e estruturação integrada tem uma grande importância social. “Só é possível desenvolver processos de prevenção e de enfrentamento à violência contra as mulheres se fizermos isso de forma altamente articulada entre todos os serviços. Não basta apenas termos serviços nos municípios. Temos que articulá-los por meio da rede, que, em Londrina, se reúne há 12 anos. É uma articulação exemplar no âmbito nacional e internacional. Poucos municípios têm esse nível de organização que Londrina possui”, avaliou Fortuna, que participa da rede desde sua formação, há 12 anos.
Já a presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Sueli Galhardi, lembrou que, neste ano, a rede de enfrentamento aprovou o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres, que tem como um dos seus eixos de articulação o enfrentamento à violência contra mulheres e meninas. “A rede é uma estratégia de articulação na transversalidade de gênero nas políticas públicas e o conselho municipal tem como um das suas atribuições o monitoramento das ações para o fortalecimento das políticas para as mulheres. Por isso, a representação do CMDM na rede possibilita uma maior aproximação, integração e uma transversalidade das políticas públicas no município de Londrina”, disse Galhardi.
A coordenadora da Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual, Fernanda Serenário, ressaltou a importância dos debates em grupo. “É um espaço de articulação entre os serviços e políticas municipais, assegurando a transversalidade, propiciando momentos valiosos de capacitação, de discussão de fluxos e protocolos de atendimento para as mulheres, e identificando, ainda, demandas deste público que precisam ser atendidas ou melhoradas”, afirmou.
A delegada da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) Isabella Joy Lima e Silva, também participou do encontro e reafirmou o compromisso da Polícia Civil com a rede, no combate à violência contra a mulher. Ela parabenizou o engajamento das integrantes nas discussões e avanços, e reiterou que as práticas de assistência, proteção e acompanhamento das mulheres que sofrem violência têm que ser contínuas, buscando sempre o aprimoramento das ações nessa área.
Além das autoridades já mencionadas, participaram do encontro as representantes dos serviços especializados de atendimento à mulher em situação de violência, como das Secretarias Municipais do Idoso, Saúde e Assistência Social; Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM); dos Hospitais Universitário (HU), da Zona Norte (HZN), da Zona Sul (HZS), e da Santa Casa; do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI); Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (CMDM), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), do Núcleo Maria da Penha (NUMAPE) e da Cáritas.
