Município realiza ações de conscientização em prol da hanseníase
Atividades fazem parte das atividades dos NASF e visam facilitar o diagnóstico precoce da hanseníase e estimular a conscientização sobre a doença
Durante o mês de janeiro, os grupos de atividades do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) de Londrina vão desenvolver ações educativas para a conscientização sobre a hanseníase e do diagnóstico precoce da doença. O objetivo é conversar com a população sobre a enfermidade, as formas de identificação e de tratamento e os locais onde o cidadão pode buscar ajuda.
O grupo do NASF 3, da Unidade Básica de Saúde do Piza/Roseira, realizará várias atividades, durante o mês, com a comunidade de sua área de abrangência. Entre elas estarão as dinâmicas com balões durante os encontros dos grupos de atividade, de caminhada e outros. Também haverá entrega de panfletos e explicações nas salas de espera da UBS. No dia 25 de janeiro, pela manhã, os profissionais da saúde organizaram uma palestra na sede da Igreja Presbiteriana Independente de Londrina, localizada na Rua Veneza, 110, no Jardim Piza. A palestrante será a dermatologista do Cismepar, Cristina Maria Aranda, que conversará com os interessados sobre a hanseníase.
A equipe do NASF da região central também abrirá espaço para uma palestra sobre a doença, a importância do diagnóstico precoce e as formas de tratamento. Ela acontecerá às 8 horas, de terça-feira (8), no salão da Catedral Metropolitana de Londrina, que fica na Travessa Padre Eugênio Herter, no Centro e poderão participar os integrantes do grupo “Hiperdia”, de combate ao diabetes e à hipertensão, além dos interessados no assunto.
Já na região do Lindóia, a fisioterapeuta do NASF 2, Marta Silveira, e quatro Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) farão um trabalho de panfletagem nas empresas que ficam nas proximidades da Unidade Básica de Saúde do Lindóia, na Avenida das Maritacas, 1800, no Santa Izabel, na quinta-feira (17), das 7h30 às 9h.
Segundo a coordenadora da UBS Lindóia em exercício, Sônia Barbosa Vieira, a intenção é entregar informativos aos funcionários e à comunidade sobre a doença, além de tirar as dúvidas comuns ao assunto. Além disso, as profissionais da saúde abordarão as formas de contágio, o preconceito que ainda existe com relação à doença, o diagnóstico, os encaminhamentos realizados pela rede municipal de saúde e as formas de tratamento.
Além dessas Unidades Básicas de Saúde de Londrina, outras também farão ações para chamar a atenção da população, e que será divulgado conforme as mesmas confirmarem suas agendas. As atividades fazem parte da campanha “Janeiro Roxo”, proposta pelo Ministério da Saúde (MS), com o objetivo de facilitar o diagnóstico precoce da hanseníase e estimular a conscientização sobre a doença na tentativa de minimizar o preconceito que ainda existe devido à falta de informação.
Segundo a coordenadora de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Priscila Alexandra Colmiran, é muito importante que a população se atente as manchas que podem aparecer pelo corpo e que faça o auto exame. “Isso é extremamente importante, porque nosso objetivo é trabalhar a prevenção e estimular o diagnóstico precoce da doença. Por isso, orientamos a população que faça o autoexame, se olhe em frente ao espelho e veja se há manchas avermelhadas na pele, com possível perda de pelos, redução de sensibilidade e enrijecimento das articulações, porque a hanseníase tem cura e quanto antes for diagnosticada menores serão as complicações”, ressaltou a coordenadora.
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e de evolução lenta, transmitida por meio das vias aéreas, através da tosse ou espirro, assim como acontece com a gripe, por exemplo, e não pelo toque na pele, como muitos acreditam. É causada pela bactéria Mycobacterium leprae, e só transmitem a doença os pacientes que estão com grande quantidade do bacilo, ou seja, que estão em um estágio mais avançado e sem tratamento. Não há o contágio por meio do toque, de apertos de mão ou abraços.
A doença causa diminuição da sensibilidade e dormência nos nervos periféricos como dos braços e das pernas e pés. Na maioria dos casos, a pessoa não percebe que está com hanseníase, porque não sente dor. Apenas aparecem manchas pelo corpo, que podem ser esbranquiçadas ou avermelhadas. Para fazer um teste, a fim de saber se é possível estar com a doença, é preciso passar um pedaço de algodão em cima e ao redor das manchas, assim o paciente poderá notar se sente dor ou se a sensibilidade nessas áreas está diminuída.
Em caso de suspeita da doença, a orientação é para que a população procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência. A hanseníase tem cura e quando confirmada por meio de exames, os pacientes são encaminhados para tratamento. O tratamento é feito por meio de medicamento via oral e é inteiramente gratuito. Em estágios iniciais, ele dura 6 meses para ser finalizado. Em graus mais avançados levam-se 12 meses.